Festa no Selhurst Park

O apito inicial no Selhurst Park deu o pontapé a uma tarde de futebol com o DNA britânico, mas a emoção de um bom e velho confronto que agradaria a qualquer torcedor brazuca! De um lado, o Crystal Palace, com a faca nos dentes; do outro, o Brentford, buscando surpreender. E o que se viu foi um verdadeiro espetáculo de tática, garra e, claro, gols.

O primeiro tempo começou com os dois times se estudando, mas sem medo de ir pra briga. Faltas aqui e ali logo nos primeiros minutos, mostrando que a disputa seria intensa pelo domínio do meio-campo. O Palace, empurrado pela torcida, tentou impor seu ritmo. Yéremy Pino e Ismaïla Sarr já incomodavam a defesa dos Bees, que se virava como podia, com Kristoffer Ajer mostrando serviço para evitar o pior. Teve chute bloqueado, escanteio forçado… A bola rondava as áreas! O Brentford, por sua vez, tentava responder, buscando Igor Thiago lá na frente, mas a marcação do Palace era firme. O jogo era um vaivém, com chances para os dois lados, como a cabeçada perigosa de Jean-Philippe Mateta que o goleirão Caoimhín Kelleher espalmou com reflexo de gato. Pouco depois, Kamada quase abriu o placar, mandando a bola raspando a trave e arrancando um suspiro da arquibancada.

Mas o futebol, meus amigos, é cruel com quem vacila e generoso com quem persiste! Aos 30 minutos, após uma jogada de bola parada muito bem trabalhada, Jefferson Lerma subiu mais alto que todo mundo para desviar e, como um verdadeiro artilheiro, Jean-Philippe Mateta apareceu para, de cabeça, estufar as redes! Golaço para as Águias, que explodiram em festa no gramado e nas arquibancadas! 1 a 0 para o Crystal Palace, com total merecimento. O gol animou o Palace, que seguiu pressionando e quase ampliou com Ismaïla Sarr após um escanteio. O Brentford, por sua vez, tentou uma última cartada antes do intervalo com um chute de falta de Mikkel Damsgaard, mas a mira não estava calibrada. Fim da primeira etapa, com o Palace na frente e a torcida em êxtase.

Na volta para o segundo tempo, o Brentford tentou reagir, mas a estratégia de voltar com a marcação alta foi logo freada por um impedimento. E quando a gente pensa que o jogo vai esquentar de um lado, ele se decide de outro! Aos 51 minutos, um lance de puro azar para o Brentford: Nathan Collins, em um momento infeliz, acabou mandando a bola para as próprias redes! Um gol contra que foi um verdadeiro balde de água fria para os Bees e um presente para o Palace, que abria 2 a 0 no placar.

Com a vantagem ampliada, o Palace jogava com mais tranquilidade e confiança. Ismaïla Sarr, em outro lance de perigo, carimbou a trave, mostrando que as Águias ainda estavam com fome de gol! O Brentford, buscando forças de onde não tinha, até conseguiu uma boa chance com Kristoffer Ajer, que obrigou o goleiro Dean Henderson a fazer uma defesa milagrosa, salvando o que seria o gol de honra. As substituições vieram para tentar mudar o panorama, com o técnico do Brentford buscando sangue novo no ataque. Vitaly Janelt e Reiss Nelson, que entraram no segundo tempo, até criaram oportunidades, mas a bola teimava em não entrar, seja por falta de pontaria ou pelas defesas seguras de Henderson.

Com o relógio correndo e o nervosismo aumentando, o jogo ficou mais picotado, com faltas e cartões amarelos. O Crystal Palace soube segurar a vantagem, mostrando solidez defensiva e inteligência tática para controlar o ímpeto adversário até o fim. Ao soar do apito final, a vitória por 2 a 0 estava sacramentada. As Águias do Crystal Palace voaram alto, mostraram sua força em casa e presentearam sua torcida com três pontos valiosíssimos em uma atuação de gala! O Brentford, por sua vez, volta para casa com o gosto amargo da derrota, mas com lições importantes para o restante da temporada. Que jogão, amigos! O futebol inglês segue nos presenteando com emoções inesquecíveis!