
Crédito: Wikimedia / jeffwarder
Crystal Palace

0
-
0
Brighton

Giovanni Alves
9 de nov. de 2025
No embate que prometia faíscas entre Crystal Palace e Brighton, o torcedor presente no Selhurst Park viu muita luta, transpiração e defesas importantes, mas faltou o ingrediente principal do futebol: o gol. A partida, válida pela Premier League, terminou com um amargo 0 a 0, um reflexo de ataques sem pontaria e goleiros em dias inspirados.
O primeiro tempo começou com os times se estudando e muitas faltas no meio-campo, mostrando a intensidade da rivalidade. Logo aos 4 minutos, Mateta, do Palace, deu um susto na defesa do Brighton, mandando por cima uma boa chance após um contra-ataque veloz. A resposta do Brighton veio com perigo, e Henderson, goleiro do Palace, começou a mostrar serviço, com uma defesa crucial aos 8 minutos em chute de Diego Gómez. Não demorou para Verbruggen, do Brighton, também ser testado, salvando uma finalização de Ismaïla Sarr na sequência. O duelo de goleiros já era o ponto alto da etapa inicial, com a bola teimando em não entrar. Escanteios foram cobrados de lado a lado, tentativas de fora da área e até bolas na rede que não valiam por impedimento, mas o placar permaneceu inalterado até o apito do intervalo, apesar das investidas de Minteh e Sarr nos acréscimos.
Na volta para o segundo tempo, o Brighton quase abriu o placar logo de cara, com Henderson novamente gigante, defendendo uma cabeçada perigosa de Diego Gómez. O jogo seguia truncado, com o meio-campo sendo o palco de muitas disputas. Aos 55, Kamada, do Palace, teve uma oportunidade de ouro, mas sua finalização de dentro da área passou rente à trave, para o lamento da torcida.
O lance mais dramático da partida aconteceu aos 62 minutos. O árbitro assinalou um pênalti para o Brighton após suposta falta em Georginio Rutter, levando a torcida das Gaivotas à loucura. No entanto, o VAR, como um protagonista silencioso, entrou em ação. Após longos momentos de revisão, a decisão foi revertida: não houve pênalti, e Rutter ainda foi advertido com cartão amarelo por simulação. Um balde de água fria para o Brighton e um alívio enorme para o Crystal Palace.
Os técnicos tentaram mudar a dinâmica do jogo com substituições, buscando o gol que não vinha. Yéremy Pino e Will Hughes entraram pelo Palace, enquanto Kostoulas, Veltman, Tzimas e De Cuyper foram a aposta do Brighton. Nos minutos finais, a pressão do Brighton aumentou, com uma sequência de escanteios e chutes bloqueados, mas a defesa do Palace se mantinha firme. Nos sete minutos de acréscimos, em meio a cartões amarelos e uma atmosfera de nervosismo, o Palace ainda teve a última grande chance. Yéremy Pino exigiu uma defesa espetacular de Verbruggen, e no escanteio seguinte, Lacroix cabeceou por cima, encerrando de vez as esperanças.
No fim das contas, foi um 0 a 0 que premiou a persistência das defesas e a competência dos goleiros, mas deixou um gosto de "poderia ter sido mais" para ambos os lados. Um clássico sem brilho ofensivo, mas com a dose de emoção garantida pelas defesas e pela polêmica do VAR.