Martelo Implacavel na Floresta

Numa tarde que prometia emoções na Premier League, o West Ham mostrou sua força e superou o Nottingham Forest por um convincente 3 a 0, em uma partida que só se desenrolou em seus minutos finais, mas que revelou a persistência e a letalidade dos visitantes.

O primeiro tempo no City Ground foi um verdadeiro xadrez tático. O West Ham começou tentando impor seu ritmo, com escanteios e algumas investidas que, embora promissoras, não balançaram as redes. Niclas Füllkrug, por exemplo, teve a chance de abrir o placar com cabeçadas, mas a pontaria não estava calibrada. Do outro lado, o Forest, jogando em casa, buscava reagir, pressionando e mostrando disposição. Morgan Gibbs-White chegou a ter um bom momento, com uma finalização bloqueada que incendiou a torcida. O meio-campo virou um campo de batalha, com muitas faltas de ambos os lados, travando a criação de jogadas. Lucas Paquetá, com sua classe habitual, tentou a sorte, mas o goleiro Matz Sels estava atento, garantindo que o placar permanecesse intocado até o intervalo. Um primeiro tempo de muita transpiração e pouca inspiração ofensiva.

Na volta para a segunda etapa, o Nottingham Forest parecia ter encontrado um novo fôlego. Os donos da casa se lançaram ao ataque, criando uma sequência de oportunidades que testaram a segurança do goleiro Mads Hermansen. Chris Wood, Morgan Gibbs-White e Callum Hudson-Odoi obrigaram o arqueiro do West Ham a se esticar, mostrando reflexos apurados e mantendo sua meta inviolável em momentos cruciais. Parecia que o gol do Forest era questão de tempo, com a torcida empurrando o time.

No entanto, o futebol é caprichoso, e o West Ham, com inteligência e timing perfeito, soube capitalizar nos momentos decisivos. As substituições feitas pela equipe visitante foram cruciais para mudar o panorama do jogo. A entrada de Crysencio Summerville e Callum Wilson trouxe um novo gás ao ataque dos Hammers. E foi Jarrod Bowen, aos 84 minutos, que quebrou o silêncio do placar com um golaço de fora da área, uma finalização precisa que não deu chances a Sels, abrindo o caminho para a vitória. O Forest sentiu o golpe, e a vantagem do West Ham se ampliou pouco depois. Aos 88, uma jogada dentro da área resultou em pênalti para o West Ham, e Lucas Paquetá, com a frieza de um camisa 10 brasileiro, converteu a cobrança com maestria, ampliando a vantagem e tirando qualquer esperança de reação dos mandantes.

Para coroar uma atuação cirúrgica no final, já nos acréscimos, aos 90+1, Callum Wilson aproveitou um rápido contra-ataque e um cruzamento certeiro para cabecear para o fundo das redes, selando o placar de 3 a 0. Uma vitória que demonstra a capacidade do West Ham de ser letal e castigar o adversário na reta final, enquanto o Nottingham Forest, apesar dos esforços e das chances criadas, não conseguiu traduzir seu volume de jogo em gols, amargando uma derrota pesada em casa. O martelo bateu forte no coração da Floresta.